Muito se fala e se ouve sobre agricultura sustentável e ESG, sobre a importância e necessidade que temos, ainda mais nos tempos de hoje.
Sejam direitos humano, uso de pesticidas, desmatamento e bem-estar animal, há um movimento global em direção a novas políticas e ações que aumentem e tornem possível a produção agrícola de uma maneira cada vez mais sustentável.
No entanto, o que isso significa para as empresas que dependem de insumos, alimentos e matérias-primas do setor agrícola em suas cadeias de suprimentos globais?
Está aí um grande desafio!
Na Aurica somos atualizados com as novidades do ecossistema ESG, tanto no Brasil quanto no mundo. Por isso, trouxemos reflexões de Margarita Lysenkova, que é Gerente Sênior de Políticas Internacionais no GRI*

Listamos abaixo temas de atenção para auxiliar sua empresa na agricultura sustentável e ESG:
Bem-estar animal
A Lei de Bem-Estar Animal do Reino Unido entrou em vigor este ano, que agora inclui animais aquáticos, como polvos e lulas. Reconhecer os animais como seres complexos com capacidade de sentir emoções tem consequências de longo alcance para o setor agrícola e eleva a barra do bem-estar animal.
Diligência devida em direitos humanos
Hoje mais de 2,5 bilhões de pessoas trabalham na agricultura. As cadeias de valor da agricultura são complexas e frequentemente associadas a impactos negativos nos direitos humanos, que muitas vezes se relacionam a relações contratuais informais e à falta de proteção dos trabalhadores.
Desmatamento
Em dezembro de 2022, o Conselho Europeu e o Parlamento Europeu chegaram a um acordo provisório sobre o regulamento para produtos livres de desmatamento, proposto pela Comissão Europeia.
“reduzir a contribuição da UE para as emissões de gases de efeito estufa e a perda global de biodiversidade, minimizando o consumo de produtos provenientes de cadeias de abastecimento associadas ao desmatamento ou degradação florestal”.
O regulamento descreve regras obrigatórias de due diligence (diligência prévia) para desmatamento
Isso abrangerá produtos dentro ou exportados do mercado da UE, incluindo produtos como óleo de palma, gado, soja, café, cacau, madeira e borracha.
Uso de pesticidas
A EC estabeleceu metas para 2030 de redução em 50% o uso e os riscos de pesticidas químicos e reduzir pela metade o uso de pesticidas mais perigosos. De acordo com a proposta, pode-se esperar que os estados da UE tragam suas próprias metas nacionais de redução, exigindo relatórios das empresas.
Crescimento na geração de relatórios
Os aumentos nas políticas de sustentabilidade e due diligence (diligência prévia) estão fazendo com que as empresas divulguem seus impactos externos, incluindo como mitigá-los e reduzi-los.
Por exemplo, a legislação da União Européia já exige que algumas grandes empresas reportem informações sobre seus impactos socioambientais, inclusive sobre direitos humanos. Tudo isso ganhou um grande reforço, a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa, que recebeu aprovação final em 28 de novembro e, a partir de 2024, estabelece requisitos de divulgação obrigatória para cerca de 50.000 empresas.
E agora, como avançar nos temas agricultura sustentável e ESG?
Você sabia que desde junho de 2022 o próprio GRI publicou um módulo exclusivo para o integra as expectativas de sustentabilidade em 26 tópicos para os setores de Agricultura, Aquicultura e Pesca?Assim, auxiliando as respectivas empresas na busca por uma melhor mensuração (consistente e comparável).
Caso tenha interesse em melhorar a realidade ESG da sua empresa de uma maneira estratégia, entre em contato com a Aurica. Ajudaremos sua empresa a ter uma melhor transparência, monitoramento e report dos seus impactos.
A pressão pela transparência tem diversas fontes, ou seja, é transversal. Quando sua empresa vai começar a ser protagonista neste assunto?

*GRI: A Global Reporting Initiative é uma organização internacional, sem fins lucrativos e pioneira no desenvolvimento de uma abrangente estrutura de Relatórios Sustentáveis.